sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Hey Jude! Got the feeling!!


Meu nome não é Jude e essa música não foi feita pra mim. Mas, durante um momento da minha manhã de sábado, era como se fosse. Meu nome então se tornou Jude e eu só queria dançar pela sala, algo como uma valsa. Ou apenas aquilo que a batida me permitia dançar... Mas, como tinha gente em casa, infelizmente isso não aconteceu. Não exteriormente falando ;)
Mas deixa eu explicar melhor... Foi num dia que não acordei muito bem. Aliás, já não estava muito bem há alguns dia. Por que? Bom, é difícil pra uma adolescente, ou qualquer outra pesso de qualquer outro nível, sair de sua casa, seu conforto e vir, sozinha, para um lugar onde não conhece ninguém. E os primeiros dias foram difíceis pra mim. Todo mundo um par, seja amigo(a), namorado(o), doesn't matter... E foi difícil pra mim porque eu não tinha ninguém. Então passeava sozinha, fazia compras sozinha, lia sozinha, fazia tudo sozinha. No início ''i don't care'', mas depois começou a ficar ruim e isso começou a me afetar. Minha homestay Mom sempre pergunta como foi a escola e tal... E um dia eu falei que foi legal, e que tinha ido visitar o parque. Contei a ela que fui sozinha e ela me encorajou a fazer novos amigos, convidá-los pra sair e coisas do tipo. Mas continuou não sendo fácil... E eu fui ficando desanimada... Fui dormir desanimada, acordei desanimada. Falei com Deus, li a bíblia... Mas isso permaneceu.
-x-
No dia em que meu namorado ia me levar pro aeroporto, passamos em sua casa pra jantarmos. Na hora de se despedir, seu pai perguntou se eu tinha algo para ler enquanto esperava mil horas no aeroporto do Panamá. Eu disse que tinha... Mas mesmo assim ele me entregou um livro, chamado John, pra eu ler. A biografia de John Lennon... E pensei ''ah,legal.'' Mas eu não queria ler esse livro. Eu nem curtia The Beatles. Mas agradeci e trouxe mesmo assim... Então pensei ''puts, agora vou ter que ler esse livro. Tenhos tantos pra ler''. Depois de uns três dia em Toronto, comecei a ler o livro. E estou simplesmente amando. Levo a todos os lugares que vou. Mas ta, Alessandra, o que o livro tem a ver com o que estava falando?
Bom, queridos, voltando ao primeiro tópico. Estava na sala conversando com meu namorado e falando a ele como me sentia, e ele me dando palavras de vida, de incentivo, palavras que me faziam sentir amada. Então levada pelo ritmo do livro, decidi experimentar o som dos Teddys Boys. Na busca por uma música legal, vi ''Hey Jude'' e lembrei que ja tinha escutado. Mas eu queria ouvir o cd todo. E nenhum funcionava... Então decidi ouvir HJ. Quando a música começou achei interessante e fui procurar a tradução para entender melhor.  E WOW, enquanto ouvia, era como se Paul estivesse cantando pra mim. Eu não era mais Alê, eu era Jude! Desde o primeiro verso eu percebi que quem estava falando comigo não era o Paul... Mas era Deus. E por um momento pra Deus eu também era Jude! Então ele dizia ''Ei, Jude, não tenha medo! Você nasceu para ir lá e conquistá-la... No minuto que você deixá-la fazer parte de você, então você pode começar a melhorar as coisas.'' Algo dentro de mim se agitou. Então pensei ''Se eu nasci pra conquistar, então por que não ir lá e fazê-lo? Mas o que Ele quer dizer com deixá-la fazer parte de mim? É pra eu deixar Toronto fazer parte de mim?
E então Ele continou ... ''E todas as vezes em que doer, ei Jude, vá com calma. Não carregue o mundo nos seus ombros.'' Nesse momento lembrei que, oh my gosh, eu realmente não preciso carregar o mundo nas minhas costas. Ele já havia me dito isso (Mt 11:28-30), mas eu tinha esquecido. ''Você bem sabe que é só os tolos que dão de ombros, e deixam esse mundo um pouco mais frio. Na na na na na na na na'' OH MY GOSH... Nessa hora pareceu que tinha acendido algo dentro de mim. Queria rodar e girar e dançar e suspirar... (Essa sensação ainda permanece enquanto escrevo e ouço a música.)
''Ei, Jude, não vá me desapontar! Você a encontrou, agora vá e a conquiste... Lembre-se (ei Jude) de deixá-la entrar em seu coração. Então você pode começar a melhorar as coisas.'' Na hora eu não sabia muito bem o que isso significava, mas sabia que algo dentro de mim começara a explodir. E pensava ''Não vou te desapontar.''
''Então coloque pra fora e deixe entrar'' era exatamente o que o Jonathan tinha me ajudado a fazer. Colocar pra fora, deixar o amor dele entrar, deixar Toronto entrar, deixar a música ser real na minha vida.
''Ei, Jude, comece... Você está esperando por alguém com quem realizar as coisas. E você não sabe que essa pessoa é exatamente você? Ei, Jude, você vai fazer! O movimento que você precisa está nos seus ombros. Na na na na na na na na'' Just O-H M-Y G-O-S-H... O que estava acontecendo? Era como se tivesse fogos de artifícios dentro de mim, que não paravam de explodir. E esse ''na na na'' me fez sentir tão... Tão coisa. Não tenho nem palavras pra expressar. Queria rodar, pular, dançar, cantar... Me senti tão livre.
''Ei, Jude, não fique mal. Pegue uma canção triste e torne-a melhor... No minuto que você deixá-la fazer parte de você, então você pode começar a melhorar as coisas. Na, na na na na na, na na na, ei, Jude!! Na, na na na na na, na na na, ei, Jude!!'' Então entendi o que Ele queria dizer com deixe-a fazer parte de você. Simplesmente ouvir a canção e crer nela. Crer em tudo o que ela diz e deixar isso fazer parte da minha vida.
Então eu não era mais de Jude. Eu era novamente Alê. Mas eu não tinha, simplesmente, voltado a ser a Alê. E nem era um outro tipo de Jude... Eu era simplesmente eu da maneira que deveria ser. A criatura voltando a ser como o criador que que ela seja.

Obrigada, seu Jorge, pelo livro.
Obrigada, Jonathan, pelo apoio.
Obrigada, Deus, por ser meu criador.

I GOT THE FEELING!!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Be you!

Estudar não é a única coisa que eu faço aqui nessa cidade (graças a Deus). Não tinha nada pra fazer, então decidi procurar um parque para eu relaxar um pouco e ler um livro. Acabei chegando no High Park. Sem palavras para descrever aquele lugar... Simplesmente incrível. Não só o parque, mas ver as famílias de divertindo, crianças brincando, adultos jogando futebol americano, esquilos correndo de um lado para o outro... Simplesmente perfeito. 

Aproveitei um bom tempo naquele lugar... Tirei fotos, li um livro, observei a paisagem e as pessoas. Quando já ia embora pra casa, vejo um rapaz asiático acenando pra mim. A minha reação foi não ter ação. Até porque não o conhecia, então apenas continuei andando. Mas ele continuou acenando e olhei para um lado, olhei para o outro... E ele me chamou. ''Vou lá'' pensei. Era um grupo de jovens... Uma moça e uns três rapazes, eu acho. Então ele falou ''Só queria dizer oi'' e eu disse ''oi''. Aí eles começaram a puxar conversa... )Fiquei até orgulhosa de mim, porque foi a primeira conversa que consegui falar direitinho. Sem gaguejar muito :D Primeira e única D:) Então eles perguntaram meu nome, de onde era, o que fazia lá... A loirinha disse que estava indo bem no inglês, já que tava entendendo conversa de gente louca. Mas enfim, o rapaz pediu pra eu ensinar algo em português a eles. Pedi que dissesse algo em inglês e eu traduziria... Então ele me fez traduzir ''Por que alguém usaria cachecol em época de verão?'' Pois é, minha gente, eu estava de cachecol... Então expliquei que minha cidade é muito quente, e que esse clima pra mim é paradise!! E instantaneamente ele falou: ''Você é de Manaus?'' Eu instantaneamente fiquei surpresa... Porque ninguém aqui conhece Manaus ou o Amazonas. Ele tinha ido lá na época da Copa... Conversamos por um curto tempo e logo fui embora... Quando estava me despedindo (e andando ao mesmo tempo) a loirinha disse ''Fique aquecida'' eu apenas ri e disse ''okay''.

Queria poder dizer que mantive minha personalidade e vim o caminho todo de volta pra com aquele cachecol. Mas não... Eu tirei assim que cheguei na esquina. E nem tava tão frio assim, eu só queria ser estilosa numa cidade estilosa T.T Meu primeiro 'mico' em Toronto... Ou não. Eles estavam bebendo... O que faz perder 50% da verdade no comentário, mas que ao mesmo tempo faz com que ganhe 50%. Porque alguns bebados dizem a verdade.
Quando cheguei em casa, compartilhei com a homestay mommy onde tinha ido e o que tinha acontecido... E ela disse que eu não deveria ligar pro comentários das pessoas. Que se eu estivesse com frio ou quisesse vestir roupa de frio, eu o fizesse e pronto. O que me fez sentir bem mais a vontade pra ser quem eu sou, aqui nessa cidade. Toronto também me passa a sensação de liberdade. EU AMO ISSO... 
Xoxo

sábado, 2 de agosto de 2014

Tom, Dick e Harry. WTH??

Já estou quase a uma semana aqui em Toronto e tem sido uma boa experiência. Experimentar coisas novas as vezes é bom. Mas se você está acostumado ao conforto de seu país, nem venha haha Brincadeira. Mas não é tão fácil conviver com pessoas de culturas e costumes totalmente diferente. 

Bom, respondendo a pergunta da Keyze... 

Isso depende muito. Vai de estudante para estudante. Mas no meu caso, o mais difícil pra mim é a comida. Todos que me conhecem sabe que sou muito fresca quando se trata de comida. E estou totalmente acostumada com a comida do meu país... E outras comidas que são famosas em todo o mundo (exceto qualquer coisa que envolva peixe). E a comida aqui é um pouco diferente... Meio sem sal. E se vocês usam sal, as crianças acham que vai morrer :P A maioria das coisas são elatadas... Mas dei sorte que minha homestay mom é cozinheira. Aqui tem restaurantes brasileiros... Mas é muito caro. Não dá pra eu gastar 30 dólares por dia com um prato de picanha. Todos os dias da semana, no almoço, eu como sanduíche. Nos dois primeiros dias ainda... Mas depois começa a bater um desespero. Confesso que sinto inveja de alguns outros estudantes que levam macarronada ou algo do tipo. No mais é isso... As outras coisas da pra levar. Algumas são até melhores. O transporte público é melhor, as pessoas são mais educadas e a cidade é bem segura. As ruas não são tão sujas e as casas são bem bonitas. 

Ah, detalhe... Não vi carro feio aqui. Os mais simples são considerados carros de luxo aí :P haha E a maioria dos carros aqui são rebaixados. Tirei foto de um deles pra vocês...  A maioria são meio velozes&furiosos... I love it!!

Na primeira noite que passei aqui tomei um susto... Olhei no relógio e eram 21:00, mas o céu estava como céu de 17:00. WTH??? Começa a escurecer depois das 21h... É bem estranho. 
Depois que comecei a ter um contato mais próximo com a lingua inglesa, percebi o quão estranha ela é. Eles tem nome pra tudo, quando não sabem o nome da pessoa. Olha que sem noçao:
- Estou (eu) passeando no parque com minha amiga quando de repente vejo um menino com cabelo azul e quero dizer para minha amiga -> Ei, olha aquele garoto com cabelo azul. Aqui eu não falo boy ou guy, eu digo -> Ei, olha aquele Joe Blow com cabelo azul.
- Quando alguem está no hospital, ou algo do tipo, sem identificação eles chamam de John Doe (pros mino) e Jane Doe (pras minas). Ex: Ah, chegou um bonito John Doe ontem no hospital.Alto, loiro, bla, bla, bla.  WTH???? 
- Se tem três rapazes num restaurante, ou algo do tipo, e eles estão rindo, contando piada... Fazendo barulho. Aí você diz -> Tom, Dick e Harry tão me impedindo de escutar você. kk pois é, né... E se tem mais de três, é grupo do Tom, Dick e Harry. Vai saber D:
- Se você tem um vizinho, e não o nome da família você chama de The Jones'
Mas vamos parar por aqui... Muita onda esse povo haha

Por enquanto é só... Logo volto com mais novidades. Xoxo